O Parque Nacional da Tijuca (Parna-Tijuca ou PNT), com seus 3.953ha de área, é um fragmento do bioma da Mata Atlântica e parte integrante da Reserva da Biosfera no Rio de Janeiro. O grupamento das Florestas Protetoras da União existentes no Maciço da Tijuca, no antigo estado da Guanabara, denominadas Tijuca, Paineiras, Corcovado, Gávea Pequena, Trapicheiro, Andaraí, Três Rios e Covanca, foi transformado em 6 de julho de 1961, e é atualmente o parque nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 2 milhões de visitantes por ano. Constitui uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada integralmente na cidade do Rio de Janeiro.
Dividido em quatro setores (Floresta da Tijuca, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca), o Parque corresponde a cerca de 3,5% da área do município do Rio de Janeiro. Destaca-se na paisagem por constituir-se de um grande maciço “verde”, situado no centro de uma metrópole com aproximadamente seis milhões de habitantes.
Com as múltiplas interfaces entre cidade e floresta, a gestão do território apresenta-se de maneira complexa e intensa. O dia a dia da unidade é permeado pela coexistência de temas tão diversos quanto segurança pública, práticas religiosas, incêndios florestais, pesquisa, monitoramento, manejo, imprensa, produções cinematográficas, esportes, turismo, assistência social, educação ambiental, participação e controle social, voluntários, contratos, licenciamento, fiscalização e política. Para enfrentar esse desafio o Parque é subordinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente, e sua gestão é realizada de maneira compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal.
Contexto histórico:
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, a área onde hoje fica o Parque Nacional da Tijuca foi, em sua maior parte, devastada através da extração de madeiras e da utilização em monoculturas, especialmente o café, gerando sérios problemas ambientais à cidade. Em 1861, numa iniciativa de conservação pioneira ordenada por D. Pedro II, um processo de desapropriação territorial e de reflorestamento propiciou a regeneração natural da vegetação, resultando na exuberante floresta que existe hoje. Mesmo secundária, essa floresta exerce um importante papel na conservação de muitas espécies da flora e da fauna, abrigando também espécies endêmicas, raras e/ou ameaçadas de extinção.
Seu relevo montanhoso e a presença de escarpas muito íngremes, onde se destacam o Pico da Tijuca, com 1.021 metros, a Serra da Carioca, onde se localiza o Corcovado, com 710 metros, o conjunto Pedra Bonita/Pedra da Gávea e a Serra dos Pretos-Forros & Covanca, conferem ao Parque Nacional da Tijuca uma beleza cênica única, contrastando o verde da mata com as superfícies rochosas e o mar.
Através dos anos, o Parque Nacional da Tijuca tornou-se uma importante área de lazer, proporcionando meios para a prática de esportes e a contemplação da natureza. A existência de alguns marcos e símbolos da cidade do Rio de Janeiro, e mesmo do país, como a estátua do Cristo Redentor, a Pedra da Gávea, a Vista Chinesa, a Capela Mayrink a Mesa do Imperador e o Parque Lage, transformou o Parque em um ponto de atração turística de nível internacional.
Patrimônio Histórico:
Região onde está registrada, de muitas formas, a passagem da família real portuguesa pelo país. O Parque Nacional da Tijuca abriga também importantes ícones para a cidade do Rio de Janeiro, como o Hotel das Paineiras, a estátua do Cristo Redentor, o restaurante Sivestre, a Capela Mayrink, entre outros.
A floresta que recobre o Parque Nacional da Tijuca proporciona nascentes de O Parque Nacional da Tijuca proporciona atividades de lazer, por meio de trilhas, Uma parte da história do Rio de Janeiro encontra-se ligada ao maciço da Tijuca,
Flora:
Murici, ipê-amareio, ipê-tabaco, angicos, caixeta-preta, cambuí, urucurana, jequitibá, araribá, cedro, ingá, açoita-cavalo, pau-pereira, cangerana, canelas, camboatá, palmito, brejaúba, samambaiaçus, quaresmeiras, caetés, pacovas, líquens, musgos, orquídeas e bromélias são algumas das 1619 espécies vegetais existentes no Parque. Destas, aproximadamente 433 estão ameaçadas de extinção.
Fauna:
Ocorrem numerosos insetos, aranhas e outros artrópodes; cobras como caninanas, corais, jararaca e jararacuçus; lagartos como calangos, iguanas e teiús; aves como saíras, rendeiras, tangarás, arapongas, beija-flores juritis, gaviões, urubus, urus, jacupembas e inhambus-chintã; mamíferos como sagüis, macacos-prego, cachorros-do-mato, quatis, guaxinins, pacas, ouriços-coendu, caxinguelês, tapitis, tatus, tamanduás-mirim, gambás, entre outros. Ao todo, são 328 espécies animais, dentre anfíbios, aves e mamíferos, estando 16 delas ameaçadas de extinção.
Ecossistema:
Mata Atlântica montana e sub-montana.
Clima:
O clima do Parque, devido à orientação geográfica do Maciço da Tijuca, apresenta abundante precipitação de chuva, com ausência de período seco no inverno. Locais situados a até 500 metros de altura, possuem clima de área tropical. Acima dessa altitude, a temperatura é do tipo climático temperado.
Principais trilhas:
- Pedra da Gávea (mais Pedra Bonita e Agulhinha)
- Parque Lage/Corcovado
- Pico da Tijuca (mais Bico do Papagaio)
- Castro Maya (Trilha Circular Interna)
- Major Archer (Trilha Circular Externa)
Como chegar/acesso:
O Parque funciona diariamente das 8h às 17h, e até 18h no verão. Suas muitas estradas permitem visitá-lo a pé, de bicicleta, motocicleta, carro e ônibus. Para conhecer a Estátua do Cristo Redentor e o espetacular Mirante do Corcovado, é oferecida também a opção do trem, com percurso pela Estrada de Ferro Corcovado, que se inicia na estação localizada na Rua Cosme Velho.
Por ser compartimentado, o Parque Nacional da Tijuca pode ser visitado por diferentes caminhos. Os interessados em conhecer o Setor Floresta da Tijuca devem utilizar o acesso principal, localizado na Praça Afonso Vizeu, Alto da Boa Vista, RJ. O trajeto ao Setor Floresta da Tijuca pode ser realizado subindo-se a Estrada do Alto tanto em direção à Barra da Tijuca quanto em direção à Tijuca. Aos que desejam visitar o Setor Serra da Carioca, sugerem-se os acessos pelos bairros Cosme Velho ou Alto da Boa Vista, ambos em direção às Paineiras e Corcovado. Uma terceira opção é subir pela Rua Pacheco Leão em direção à Vista Chinesa e Mesa do Imperador. O Setor Pedra Bonita/Pedra da Gávea tem acesso pela Barra da Tijuca e São Conrado, sendo indicado principalmente aos praticantes de voo livre e montanhismo em geral. O Setor Pretos Forros/Covanca ainda não tem estrutura para visitação.
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