Na segunda metade
do século XIX, a atividade teatral no Rio de Janeiro era muito forte, mas a
então capital do Brasil não tinha um teatro que correspondesse plenamente a
essa atividade e estivesse à altura da principal cidade do país.
O autor teatral
Arthur Azevedo, em 1894, lançou uma campanha para que um teatro fosse
construído para ser sede de uma companhia teatral municipal. Essa campanha
resultou apenas em uma Lei Municipal, que determinou a construção do Theatro
Municipal, porém, a lei não foi cumprida apesar da existência de uma taxa para
financiar a obra. O dinheiro arrecadado com essa taxa nunca foi utilizado para
a construção do Theatro.
Em 2 de janeiro de
1905, o prédio começou a ser erguido, com a colocação da primeira das 1.180
estacas de madeira de lei sobre as quais se assenta o edifício. Quatro anos e
meio mais tarde, a obra que teve o revezamento de 280 operários em dois turnos
de trabalho, no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo
Peçanha o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739
espectadores. Serzedelo Correa era o prefeito da cidade naquela época.
Em 1934, constatou-se
que o teatro estava pequeno para o tamanho da população da cidade, com isso, a
capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. Posteriormente, com
algumas modificações, chegou-se ao número de 2.361 lugares. Em 1996, iniciou-se
a construção do edifício Anexo com o objetivo de desafogar o teatro dos ensaios
para os espetáculos.
Em 2008, com o
patrocínio dos patronos como, Petrobrás, BNDES, Eletrobrás e Rede Globo de
Televisão, Embratel e Vale tornou-se possível iniciar a obra de restauração e
modernização para o centenário do Theatro. A casa foi fechada em meados de
outubro daquele ano e reaberta em 27 de maio de 2010 totalmente reformada, após
dezoito meses fechado. A reforma foi realizada usando os melhores e mais
duráveis materiais, com o objetivo de postergar outra obra futura. A
intervenção restauradora desenvolvida no prédio do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro teve o objetivo de preservar e salvaguardar a integridade física de um
valioso patrimônio brasileiro com expressivo significado cultural, histórico,
estético e artístico.
Inicialmente, o
Theatro era apenas uma casa de espetáculos, que recebia principalmente
companhias estrangeiras, a maioria delas trazidas da Itália e da França. A
partir de 1930, o Theatro passou a ter seus próprios corpos artísticos:
orquestra, coro e balé. Apesar do nome, o
teatro não pertence ao município, mas ao Estado do Rio de Janeiro.
O espectador
colocando-se na direção da entrada da Sala de espetáculos verá 456 poltronas da
plateia, todas em madeira e veludo, e a sua volta, as 22 frisas. Acima dela o
balcão nobre com 344 poltronas e 12 camarotes e a cabine de luz e som. No andar
superior estão os 500 lugares de balcão simples e acima destes as 724 cadeiras
da galeria, totalizando 2244 assentos.
Olhando para cima
verá uma das maravilhas do teatro, o grande lustre central, todo em bronze
dourado e com suas 118 lâmpadas com mangas e pingentes de cristal, circundado
pela dança de “As Oreadas”, uma das obras-primas de Eliseu Visconti.
Visitação:
Ocorre de terça à
sexta, nos horários de: 11h, 12h, 14h, 15h e 16h. No sábado e feriados de: 11h,
12h e 13h. O ingresso custa R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada). Lotação
por visita: 50 pessoas.
O objetivo da
visita é conhecer sobre o local e também o lado cultural do Rio de Janeiro.
Destina-se a pessoas de todas as idades e renda.
Localiza-se na
Cinelândia (Praça Marechal Floriano), no centro da cidade do Rio de Janeiro
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